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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Universalismo, Espiritismo e Misticismo


                Eram 21 de março de 2011. Estávamos reunidos entre amigos em um grupo de estudos com o objetivo de reflexão acerca de conhecimentos universais, espirituais, ético-morais, envolvendo autoconhecimento e busca de nossa autotransformação. Pautávamos nosso diálogo a partir de breve leitura da obra de Léon Denis (grande filósofo e homem de ciência,  venerável figura que compõe os alicerces da Doutrina Espírita) intitulada No Invisível. Os textos-base para a pauta da noite foram os subintens X – Formação e direção dos grupos. Primeiras experiências e XI – Aplicação moral e frutos do Espiritismo, ambos constantes da primeira parte (O Espiritismo experimental: As leis).
         O trecho lido do subitem X aborda a disciplina necessária na formação de grupos mediúnicos experimentais de efeitos físicos (mesas). Alternância entre homens e mulheres ao redor da mesa, duração máxima das tentativas, primeiros efeitos, convenção de sinais para as comunicações, etc. Já no subitem XI, dentro do trecho lido, abordam-se as contribuições da Religião e da fenomenologia medianímica para os estudos da Ciência como também os fundamentos científicos que sedimentam, explicam, desmistificam as ocorrências religiosas no nível do transcendente.
              Em dado momento, após tecidas algumas considerações a respeito do tema em questão, senti-me envolvido e irradiado pela mente espiritual do coordenador dos estudos, e este  esclareceu que a obra de Léon Denis, como as demais obras que havíamos elencado para estudo e análise, trazem fundamentos do Espiritismo, o que é a proposta de tais obras, mas ressaltou que, ao sermos estudiosos holísticos, cabe-nos o discernimento de que a Verdade, as grandes leis, permeiam todas as filosofias, todas as ciências, todas as religiões, cada uma contendo um recorte da realidade do Todo.
Um dos integrantes comentou sua discordância quanto à postura de grande parte dos universalistas, extremamente superficiais em seus estudos, porquanto se apropriam de um mínimo de cada conhecimento, não tendo base profunda sobre nenhum deles. Colocou considerar-se espírita e ter no Espiritismo inegavelmente a terceira revelação.
O orientador espiritual informou haver uma grande distorção do sentido dado à palavra ‘universalista’ hoje. Explicou que a palavra ‘universo’ é a forma composta de ‘uni = uno’ e ‘verso = oposto’. O uno é o um (1), a unidade, a coesão da criação, é o princípio original de tudo, é a consciência manifesta, o ser manifesto de Deus, é a presença divina em toda a obra. O verso é o outro; é o potencial de criação; é o Poder ainda não direcionado; é o lado imanifesto; é o não-ser, ou antes, a possibilidade de tudo ser; é a origem de todas as origens; é numerologicamente o zero (0). Fique claro que o zero não é entendido aqui como o nulo, a ausência de tudo; é antes o potencial latente do surgimento de tudo, é a energia de potência anterior ao nascimento do manifesto, é o vir-a-ser.  
O universalismo é espiritualmente entendido, pois, como a busca, o estudo e a vivência integrada do universo, são as leis e princípios subjacentes a tudo que existe, a todos os conhecimentos, filosofias, crenças, valores. O universalismo são as leis da Sabedoria. Assim sendo, o verdadeiro sentido de ‘universalista’ é ‘aquele que busca as leis, estuda as leis e vivencia as leis universais’ nas práticas cotidianas. Ser universalista é viver em integração, harmonia e respeito para com a natureza e seus reinos. 

        Assim sendo, universalismo tem um significado muito mais sublime, completamente distinto de misticismo. Conforme o orientador, o que se vê muito são os comportamentos místicos em desequilíbrio de fé, gerando uma busca desenfreada e simultânea por recursos e rituais que tragam respostas, no mais das vezes, imediatistas às angústias humanas. A pessoa vai à terreira, vai à cartomante, vai à cigana, acende incenso, usa o pêndulo, usa a mandala, consulta o tarot, consulta as runas, acende vela na igreja, participa do culto de libertação da Universal, ignorando os fundamentos energéticos que subjazem cada um desses ambientes e trabalhos específicos, misturando tudo numa ânsia sufocante de encontrar um norte que parece nunca chegar, gerando muito mais confusão do que paz espiritual. Evidentemente que cada uma dessas vertentes de trabalho espiritual tem o seu valor e merecem todo o respeito e consideração. Não há crítica quanto ao frequentar, quanto ao lançar mão desses recursos. Tudo isso é válido, sem sombra de dúvidas. O ponto em questão é o como se usa tais ferramentas de fé, de sintonização espiritual. É o quanto estamos mais ou menos conscientes das implicações de cada forma de ancoramento da energia de conexão com a divindade.
              Foi frisado que o misticismo, o místico em si, não é prejudicial; há toda a sua sabedoria, ensinamentos por trás de cada prática, de cada culto. Prejudicial é, contudo, misturar as linhas, ligar variadas correntes energéticas como num ato automatizado, mecânico, de tábua de salvação, ludibriando-se na ideia de que as soluções para as grandes questões de nossas vidas estão no externo, no local, no talismã, no ritual, quando em verdade o único e verdadeiro templo sagrado que pode responder aos nossos anseios e serenar nossas mentes e corações é a Sabedoria que portamos dentro de nós. Tudo está dentro, não há nada fora, pois mesmo o que está fora é apenas o reflexo projetado do que vai em nosso espírito. Assim, o universalismo é mais um estado de espírito, uma postura interior ante a vida, a natureza, a criação, que propriamente o professar variadas correntes teórico-práticas  do pensamento religioso.
             Fica o convite a que sejamos universalistas, sim, no pensar, no doar, no apoiar, no olhar, no falar, no trabalhar, no meditar, no transformar de nossas realidades individuais e coletivas.
             Muita luz e muita paz a todos.

Reflexões Universalistas


            O que traço nestas linhas são reflexões absolutamente de foro particular, interpretações minhas sobre a realidade apreensível e intuível; às vezes, fruto de inspiração; noutras, de intuição e, em muitos casos, meramente produto do quanto minha maturidade mental, psíquica, emocional, espiritual e intelectual já foi capaz de atingir, o que, convenhamos, não é grande coisa, diga-se de passagem, perante a incomensurável grandiosidade cósmica de um ente paradoxalmente tão simples: Deus.
            Já li em algum lugar que Deus é tão imenso e tão pequeno que é presente em cada átomo e partícula de átomo que constitui o universo, ou os universos. Sim, por que o que, de fato, garante o absolutismo de apenas um universo? Somos seres admissível e reconhecivelmente em estágio relativo de evolução consciencial, portanto tudo que nossas mentes são capazes de produzir e de ver é, necessariamente, relativo, limitado. Há centenas de milhares de galáxias em nosso universo. Sim, galáxias que constituem o NOSSO universo, porque tudo que formos capazes de ver e experienciar nesse universo, na condição de imersos na matéria densa, é também matéria densa. Daí, o que qualquer aparelho por nós produzido tiver condições de captar é igualmente relativo e denso, ainda que abranja galáxias a que jamais cheguemos. Outros universos existem, talvez outras centenas de milhares de universos, enfim, incontáveis, que nossas percepções, nossos  sentidos não conseguem apreender, pois que esses universos estão para muito além da vibração quase pétrea de nossa matéria.
            Em verdade, filosofando ainda mais, nem nossa matéria pode ser considerada tão densa e pétrea assim. O que está densificada é a nossa mente, o nosso espaço-tempo consciencial, a relatividade do que podemos apreender conscientemente, isso sim é quase pétreo e faz com que aglomeremos as moléculas de matéria de maneira a solidificá-la. A matéria é tão sólida quanto nossa mente o é, e tão rarefeita quanto mais ampliamos as condições anímico-espirituais rumo ao sentir e ao experienciar o Deus Interno.
        É interessante notar o quanto é ilusória a visão de que a expansão está na exteriorização, no ir para fora. Não, expandir, amplificar é ir para dentro, é convergir para o centro, é concentrar, em outras palavras. A meditação é um claro exemplo disso. Quanto mais abstraímos o exterior concreto e condensado, mais o universo se abre diante de nós, pela nossa tela mental. Haverá, decerto, quem diga: “E em que adianta sentir expansão pela tela mental, algo tão abstrato, se vivemos no concreto, no que está fora?” Pois é, essa é a questão. Tudo é mental, vida é mente, Deus é mente e Deus é vida. Ou seja, viver o mental talvez seja a única coisa verdadeiramente concreta e não-ilusória. A sabedoria está em trazer a experiência ampla, abrangentemente sintética da intuição cósmica, do recolhimento íntimo para absorver idéias já pré-existentes e perfeitas, traduzi-las em pensamentos pelo nosso cérebro material-denso e aplicá-las a nossa transitória realidade nesse plano consciencial em que habitamos. Devemos, assim, ter por meta a busca do centro Divino que se manifesta em nós. Essa busca é expansão, é transcendência e é a definitiva libertação do cárcere da terceira dimensão. Obviamente que essa busca deve seguir todo o percurso crístico da reforma moral apregoada por Jesus, o Nazareno. Não há nenhum outro segredo, seja no Espiritismo, na Umbanda, na Alta Magia, no Ocultismo, no Budismo, no Taoísmo, no Xintoísmo, no Judaísmo, seja no Catolicismo, no Protestantismo ou em qualquer outra religião, seita, credo, fé que se possa partilhar, maior do que o trazido e revelado pelo Nazareno. Toda síntese cosmológica e cosmogônica apreensível por nosso estágio consciencial ali se encontra à disposição de qualquer ser humano. Jesus, via alegorias as mais diversas, traduz toda a simbologia oculta possível e imaginável e, como ele mesmo já o dizia: “Não há nada de oculto que não deva ser revelado”.


Assista ao vídeo a seguir:
Viagem aos Limites do Universo [Completo] - Duração total (1:33:27)
http://www.youtube.com/watch?v=jaHGvcE6KEA

Sequência Fibonacci e Analogias



           Em conformidade com o chamado Retângulo de Ouro de Fibonacci, eis que a humanidade Redescobre uma sequência lógico-matemática que produz formas geométricas espiraloides perfeitas que, constatadamente, reproduzem um padrão igualmente perfeito nas formas físicas, seguindo das micro- às macroestruturas cósmicas.
            O padrão Fibonacci é expresso pela sequência 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89... Tal padrão obtém-se por um novo algarismo numérico que é resultado da soma dos dois últimos números surgidos na sequência.
            Se isso se repete das espirais geradas desde as imanentes movimentações orbitais atômicas até a conformação das galáxias, constituindo inclusive medidas precisas presentes em nosso corpo humano mais denso, o corpo físico, daí podemos depreender que é uma lógica universal ligada à gênese da criação do mundo das formas.
            Alguém será já estudou qual é o padrão lógico-matemático que constitui as fitas cromossômicas e de DNA que nos dão forma?
            Observe-se que, pela lógica de progressão geométrica dos números, cada nova etapa ou parte da sequência é sempre gerada pela inclusão e repetição das etapas ou partes que a precedem. Precedem e, simultaneamente, estão presentes no novo ciclo que gera uma parte maior da figura a ser formada. Isso demonstra que passado, presente e futuro existem independentemente, mas somente em termos relativos, pois, no absoluto do sistema, tudo é uma só coisa. Três níveis de tempo num só continuum de tempo. O presente é sempre o novo formado pela soma dos fatos passados, e o futuro é previsível e acessável quando se conhece a lei e a proporção na repetição dos padrões.
            Ora, se a Lógica estuda as leis que regem a razão, o raciocínio, e se essa sequência é um padrão lógico das formas universais, em perfeita escala, muito disso se deduz: 1º Pitágoras acertou ao afirmar que “tudo é número, tudo é matemática”; 2º Tudo no universo, todas as formas, toda energia grosseira ou sutil vibra; 3º Toda vibração é onda, é comprimento de onda, é freqüência vibratória, e as ondas são espirais perfeitas. E, se tudo vibra em ondas, a espiral perfeita é um padrão que se repete em todas as coisas, em todos os seres: os campos eletromagnéticos, as marés, as órbitas atômicas e planetárias e galácticas (que são uma e a mesma coisa), os ventos, as pétalas, as conchas, os rodamoinhos, as digitais, a música, o som, a voz... o pensamento.
            Assim, direcionando-se o homem e a ciência em buscar o padrão perfeito de criação e emissão vibratória do pensamento, ou seja, que pensamentos, que sentimentos, que emoções e comportamentos geram espirais em perfeita progressão geométrica, alcançará então a condição de chegar a Deus, pensar com Deus, sentir e ver Deus; comungará da Mente Perfeita e saberá, pela religião e pela ciência, como criar só o melhor para si, dentro do padrão da perfeição, portanto sem desalinhos, sem desequilíbrios, sem desarmonia. Isso é saúde, isso é amor, isso é vida, é ser cocriador com o Pai, pois Ele é Mente, é Energia, é Proporcionalidade perfeita e progressiva, é Matemática.

Intuição recebida no dia 12.09.09 (sábado),
pela manhã, após ter tomado contato com
um vídeo recebido por e-mail a respeito
da sequência de Fibonacci.

Coragem: atitude de vida


          Os valentes não são aqueles que se impõem através da força física como sois acostumados a testemunhar no correr de vossos dias.
Valentia é a audácia de fazer diferente, fazendo a diferença. Tendes de buscar em vosso íntimo a valentia de expressar vossa própria luz, pois o mundo carece de coragem. A coragem de se desacomodar e assumir a responsabilidade de vossos próprios atos, a coragem de não vos importardes no esforço a mais, já que todo esforço é trabalho, e este é o instrumento que oportuniza a construção de novas realidades, concretizando nossos movimentos de evolução.
É hora de amar, mas não apenas contemplativa e compassivamente, e sim em atitudes proativas que expandam a luz, a fim de que toda escuridão de consciências seja aclarada.
Neste mister, é necessário que sejais corajosos, valentes, mostrando a cada criatura que todas as ferramentas transformadoras encontram-se em vossa intimidade.
A transformação por que passa vosso orbe é chegada, para que se cumpram as predições, e isso mais e mais revelar-se-á por meio do arrojo dos que vieram codificados no compromisso de instaurar, via atitudes, a grande reforma consciencial planetária.
Não espereis que a reforma vos surja dos céus, sem que os passos que vos cabem tenham sido dados.
Estamos convosco para selar a vinda do reino de Deus sobre a Terra e, para isso, contamos com os obreiros que labutam nesta dimensionalidade em que vos encontrais imersos.
Logo afrouxar-se-ão ainda mais os laços que marcam a divisão vibratória ainda existente, e mais unidos que nunca estaremos na realização da Grande Obra.
Estejais todos na profunda paz do Imenso Amor d’Aquele que tudo é. 
Intuição recebida por escrito em 02.10.2011